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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Heranças genéticas, anjos e santos, claves de sol, e paradoxos

De uma forma geral, quando à espera dos filhos, os pais imaginam como serão os seus rebentos. 
A Ecografia, com uma definição cada vez maior, tem vindo a antecipar suspeitas, e mesmo convicções, de parecenças físicas com os progenitores, mas arriscar algo para lá da aparência exterior mantém-se no capítulo da imaginação.

Não consegui perceber, durante a gravidez, se a Mathilde e a Manon seriam assim ou assado, embora o facto da Manon se mexer tremendamente dentro da minha barriga me levasse a pensar que ela poderia ser igualmente mexida fora dela. A favor das espectativas é. É um bicho carpinteiro, cheia de pelo na venta, que começou por saltar e só depois andar. 

Uma das coisas que me perguntei era se elas seriam afinadas e, à medida que cresciam, ia piscando o olho a Santa Cecília, na esperança que abençoasse o ouvido das manas M. 

Há quem queira que os filhos sejam muito inteligentes, ou muito bonitos, ou grandes desportistas, ou artistas, ou etc., ou tudo junto. Eu também prefiro que as nossas filhas sejam tudo o que é bom e vantajoso para elas, e se puderem ser tudo junto, tanto melhor. Mas o que eu sempre peço é que tenham saúde, física e mental, pois com saúde tudo se faz, a todo o lado se pode chegar. E já agora, se pudessem ser afinadinhas, era a cereja em cima do bolo, que é como quem diz a clave em cima da pauta, não se diz mas digo eu.

A clave foi-lhes concedida e eu agradeço. A Santa Cecília, aos Anjos-da-Guarda e ao milagre do acaso na escolha dos genes maternos no que à acuidade musical diz respeito em detrimento de outra possível metade de timbre mavioso mas sem afinação possível. O Xav tem uma voz muito bonita, no entanto, muda de sílaba e muda de tom. Ele próprio diz que o que faz não é para qualquer um. E não é. Eu já tentei imitá-lo e não me sai como a ele.

As Mathilde e a Manon cantam muito bem, são afinadas, com grande sensibilidade rítmica e estão cada vez mais precisas.
Se há coisa de que gosto é de ouvir as suas vozinhas doces a cantarolar.

Gravámos o "As canções da Maria II" que deverá sair no início do próximo ano lectivo. 
Gravámos num estúdio fantástico, do Renato Júnior, novinho a estrear. Um privilégio. 
As manas colaboraram em tudo o que puderam e derreto-me, maternalmente, a ouvi-las.

Fui procurar imagens delas de há dois anos, aquando das primeiras gravações, e as diferenças são a prova cabal do tempo que, sem clemência, avança. As nossas tão pequeninas estão a deixar de ser "tão" e já são apenas pequeninas. 
Quero tanto que elas cresçam e tenho tantas saudades delas bebés e tão, tão pequeninas.
O paradoxo dá cabo de mim.












1 comentário:

  1. Eia... um Mesa/Boogie Lonestar lá atrás...

    Estúdios... my home away from home. :-)

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