Quando a Mathilde e a Manon chegaram à escola, deparei-me com a inevitabilidade da infestação pelo piolho.
Descobri a democracia do bicho, a sua preferência por cabeças lavadas, as teorias sobre a doçura do sangue, e todos os produtos do mercado, desde os químicos ao pente eléctrico.
Com a graça do "STOP PIOLHOS!" a coisa tem sido pacata mas a 1ª experiência há 5 anos deixou uma memória bastante vívida. Isto porque descobri a dita infestação em mim. E senhores!, eu, que nunca tinha visto um piolho, jurei-lhe caça sangrenta até à extinção, que aquilo é uma comichão impossível!
Nunca mais aconteceu mas de vez em quando, lá vem uma mensagem para casa, da escola, avisando que há cabeças cheias de bicho e que convém fazermos a prevenção. Eu também faço. Ah, pois!
Há uns tempos, dizia-me a Manon:
- Porque é que o papá nunca faz?
- Porque os piolhos não o atacam.
- Então porquê?
- Não sei. Mas não querem nada com ele. Dizem que os piolhos gostam mais de alguns sangues do que doutros, se calhar não gostam do sangue do papá.
- Se calhar é sangue francês! Queres ver?!
Cá em casa não há democracias para os piolhos. A aristocracia não é contemplada com a sua visita! O sangue azul (bleu - blanc- rouge) ainda traz regalias ;)
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